A ANPPREV, pensando sempre no bem-estar de seus associados, conversou com o gestor financeiro, Alexandre Arci, Presidente e Educador Financeiro do Instituto Eu Defino e Diretor Financeiro da entidade Thinnetworks, a fim de buscar soluções financeiras para 2020.
Com as diversas mudanças que ocorreram na economia brasileira, no ano de 2019, fazer o dinheiro render se tornou uma tarefa complicada. Os ganhos robustos na renda fixa diminuíram, assim como a taxa Selic. E para este ano não será diferente. Há pela frente duas reformas, que estão em pauta, que têm o poder de gerar nova mudança no cenário econômico brasileiro: a Administrativa e a Tributária.
Para isso, Alexandre nos deu duas orientações: para aqueles que possuem pendências, o ideal é reorganizar as finanças, fazendo com que o orçamento caiba dentro da aposentadoria/salário/pensão, além de buscar estratégias mais agressivas na quitação das dívidas, pois os juros continuam altos, diferentemente da taxa Selic.
De acordo com a Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), 80% dos brasileiros não conseguem fechar o orçamento. O fácil acesso ao crédito consignado e ao cheque especial podem criar uma “dependência”, dando a impressão de que fazem parte do salário mensal. Entretanto, tais recursos são para emergências.
“Um levantamento nacional realizado apenas com consumidores que têm contas em atraso há mais de 90 dias pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) mostra que em muitos casos a inadimplência altera negativamente o estado emocional dos consumidores, atingindo até mesmo a vida profissional e a saúde dos entrevistados.” [Sheila David Oliveira para o Correio Braziliense]
Para aqueles que possuem recurso financeiro para investimento, Arci aconselha a mudança de comportamento do investidor. “Antigamente, com muita facilidade e com muito pouco risco ele [investidor] tinha retornos muito mais expressivos”. Atualmente, alguns investimentos, que podemos considerar como seguros, são: o Tesouro Direto vinculado ao IPCA, que traz um rendimento real; Fundos imobiliários, onde há aportes mensais, isentos de IR, além disso, há também a valorização da própria cota.
A dica que o gestor financeiro dá é: buscar alternativas e, principalmente, buscar conhecimento, pois existe um determinado investimento para cada investidor.
